COMO PREVINIR DOENÇAS EM CAVALOS

Por exemplo, amamentar os cavalos recém-nascidos com a maior quantidade de colostro possível, durante as 36 primeiras horas de vida, aumenta sua imunidade passiva. Assim como o uso de vacinas mostra-se uma forma eficiente para evitar doenças provindas de bactérias ou vírus comuns. A higienização das instalações onde os animais vivem também proporciona maior bem-estar aos cavalos sendo, portanto, importante desinfetá-las frequentemente. Dessa forma, é preciso limpar e desinfetar o local, pelo menos duas vezes por semana, sobretudo durante surtos de doenças. Combater periodicamente carrapatos, moscas, mosquitos e demais ectoparasitas, fazendo pulverização com inseticidas, e realizar periodicamente exames de fezes, a fim de verificar a presença de endoparasitos, por exemplo, são outros métodos eficientes para combater doenças. Doenças essas que podem causar desde um simples desconforto ao animal ou até mesmo o seu sacrifício. Fazer a manutenção correta da baia do seu cavalo é a maneira mais eficaz e inteligente de reduzir seus custos e manter a boa saúde do animal. Muito além de simples lavagem e troca de materiais, os cuidados com os detalhes na baia/cocheira podem prevenir inúmeras doenças, ampliam o bem-estar e conforto do cavalo e podem significar mais momentos de interação e afinidade com seu companheiro equino.

AS PRINCIPAIS DOENÇAS QUE ACOMETEM OS EQUINOS

DOENÇAS DE CASCOS

Os cascos são a parte mais desgastada dos cavalos em qualquer atividade, por isso merecem cuidados especiais, a falta de manutenção adequada pode acarretar em doenças prejudiciais à saúde e ao desempenho do animal.

CÓLICA EQUINA

Proveniente de doenças no aparelho digestivo ou outros órgãos, as cólicas são classificadas como verdadeira ou falsa de acordo com seus sintomas. As verdadeiras causam dores na região intestinal e estomacal, resultando em uma defecação anormal, enquanto a falsa atinge principalmente o peritônio baço, rins e outros órgãos internos. Pode ser tratado com a aplicação intravenosa de um frasco inteiro de Sedecol e mais 10 ml de Banamine durante 10 dias.

INFLUENZA EQUINA

Transmitida por um vírus, a doença ocorre devido ao contato de animais sadios com animais enfermos. Similar à gripe humana, a Influenza equina pode ser chamada também de tosse ou gripe cavalar, sendo comum em ambientes com a presença de vários animais; Caso seja detectado ainda no início apenas com uma dosagem de 25ml do Borgal, pode ser tratado.

ENCEFALITE EQUINA

Popularmente chamada de falsa raiva ou doença de Aujesky, a encefalite é causada por vírus que atacam o sistema nervoso central do animal, causando-lhe perturbações e sintomas graves, como visão comprometida e perda de peso;

ANEMIA ENFECCIOSA

Também causada por vírus, essa doença recebe o nome ainda de febre dos pântanos e é capaz de atingir cavalos de todas as idades, causando febre alta, abatimento e debilidade das patas, sendo transmitida via mosquitos, mutucas e varejeiras. Uma maneira de prevenir a anemia é com a aplicação do Phenodral.

DOENÇAS PULMONARES

Você sabia que os problemas respiratórios em equinos já são um dos maiores motivos de atendimentos veterinários? Em grande parte, isso se deve aos erros de manejo das instalações, além da predisposição dos próprios animais em contrariem estas doenças, muitas vezes crônicas. As doenças pulmonares são também responsáveis pelo afastamento de grande parte dos cavalos atletas de suas atividades.

GURMA

É uma infecção bacteriana altamente contagiosa, provocada pela Streptococcus cusequi. Os principais sintomas são as temperaturas altas e pus nas narinas. O cavalo terá um ar descorado e sem apetite. Desenvolve abcessos na região da mandíbula e do pescoço. Há que isolar o animal dos outros e chamar, imediatamente, o veterinário.

ENJOO DE MOVIMENTO

É provocado pelas viagens longas e os sintomas são semelhantes aos da gripe: febre alta, palidez, pouco apetite e aumento do ritmo respiratório. Poderá ser agravado por pneumonia ou pleurisia. Se o cavalo ficar descolorado após uma viagem longa e tiver febre, há que chamar o veterinário sem mais demoras. O cavalo deve manter-se quente e em repouso total.

CORNAGE

O facto de um cavalo fazer barulho ao inspirar pode reflectir uma obstrução parcial da laringe, comprometer a performance e provocar cansaço e falta de ar prematuros ao cavalo. O assobio é um som agudo e o ronco mais grave. Ambos podem ser provocados pela paralisia de uma corda vocal. Alguns cavalos fora de forma fazem este som, que desaparece conforme vão ficando mais em forma.

EPISTAXE

É uma perda de sangue pelo nariz. A hemorragia, associada ao exercício, não e comum, podendo ser resultado de um problema grave nas vias respiratórias aéreas superiores da cabeça, em especial, ou de um crescimento anormal (hematoma etmóide) ou, ainda, uma infecção fungicida (micose da bolsa gutural). Uma hemorragia nasal após o exercício é comum e pode ter origem nos pulmões, após o galope. O sangue costuma ser engolido e não aparece nas narinas. Este tipo de hemorragias não é um problema, mo entanto, uma hemorragia dos pulmões que seja forte pode comprometer a performance e poderá reflectir outras doenças pulmonares. Se depois do exercício aparecer sangue nas narinas do cavalo, por mais de uma vez, é muito importante chamar o veterinário.

DIARREA

Pode ser causada por alteração súbita da alimentação, ansiedade, parasitas ou uma infecção bacteriana (salmonelose). Esta infecção é transmissível a outros animais e pessoas, pelo que o animal infectado deve permanecer isolado e quem tratar deste deve lavar as mãos no fim.

PARASITAS

Os parasitas são ingeridos no prado. As larvas maturam na parede do intestino e as adultas põem ovos que passam para as fezes. Um grau alto de infecção pode matar o animal.